Chegou o 4º REICH.

Siro Darlan, desembargador do Tribunal de Justiça e membro da Associação Juízes para a democracia.

 

Um deputado que relatou a PEC (ado) 171 afirmou a um jornalista da mídia internacional que após atingirem o objetivo de colocar os jovens indesejados na cadeia aos 16 anos, pleitearão a redução para 12, 10, 8 até atingirem a perfeição de diagnosticar a criminalidade em um feto e obrigarem a mãe a abortá-lo.

Um governador do mesmo partido já afirmara que da barriga de faveladas só saiam criminosos, além de desclassificar um jovem que aproveitando a presença do ex-presidente Lula em uma inauguração do PAC, queixou-se da falta de políticas públicas em sua comunidade e o mesmo político o desclassificou chamando-o de traficante.

Nessa mesma comunidade uma criança de onze anos autista teve sua vida salva por uma pessoa que interferiu na ação do policial que não sendo obedecido na ordem de parar, por ser autista, quase foi alvejado. Mas a solução final foi uma demonstração da consagração da política de segurança nazista que predomina contra a população pobre e oprimida, aonde não chegam as ações de promoção da cidadania.

Foi confeccionado um cartaz e pendurado no pescoço da criança identificando-o como autista o que na visão da segurança pública, representa um salvo conduto para circular sem ser eleito como indesejável. Esta instituída a tatuagem que poderá salvar vidas ou eleger cidadãos para a morte.

Assim caminha nosso Congresso com propostas de redução da maioridade penal, redução da idade para trabalhar, aumento do tempo de exclusão através das medidas sócio educativas, autorização para uso de armas, redução dos direitos trabalhistas.

Onde vamos parar? Talvez esteja na hora do STF, guardião maior de nossa Constituição dar um basta nessa sanha nazistoide que assola o Brasil prendendo corruptos e corruptores e restaurando a moralidade.