Nossos Aylans.

siro (1)Siro Darlan, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e Membro da Associação Juízes para a democracia.

 

Herinaldo, 11 anos, Eduardo, 10 anos, Patrick, 11 anos, Christian, 13 anos, dentre outros que são diariamente abatidos pelas balas assassinas de uma policia desqualificada numa guerra que tem no seu comandante a frieza capaz de deixar corado um Milosevic com suas 230 mil mortes. Esse comandante manda que prendam jovens negros sem dinheiro e sem documento quando a ele caberia à efetivação de politicas públicas que proporcionasse oportunidades para que a juventude fluminense tenha acesso a documentos e ao dinheiro fruto de seu trabalho, se trabalho houvesse.

1Insatisfeitos com a politica do apartheid promovida, onde os recursos são aplicados do túnel Rebouças pra cá, enquanto os demais contribuintes têm a recepciona-los as blitzes policiais para impedir que tenham acesso ao bem público comum: as praias litorâneas é grande o número de mortes de ambos os lados nessa guerra fratricida onde o policial, mal remunerado e explorado pelo excesso de trabalho e com a saúde física e mental debilitada é colocado em confronto com a população excluída de seus direitos fundamentais.

O próprio chefe dessa empreitada policialesca insiste em declarar que sua guerra está perdida se o seu governo não levar outras secretarias aos lugares “ocupados” por suas milícias armadas. Insiste o secretário que sem a ação da educação, saúde, saneamento básico, lazer, esporte, justiça, a guerra está perdida.

Mas o comandante como um autista sem tratamento insiste em avançar com a violência matando crianças e adultos, aos quais busca imediatamente imputar ações criminosas como fizeram com as crianças assassinadas e como fazem com os cadáveres arrastados pelas escadarias em seus chinelos de dedo. C comandante jacta-se de ter a policia que mais prende adolescentes, como se isso não fosse motivo de vergonha, já que orgulho teria aquele governante que pudesse se orgulhar de ter o maior número de jovens matriculados nas melhores escolas que o Estado pudesse fornecer.

A interrupção covarde da infância de tantas crianças deveria ser motivo de escândalo e de uma profunda investigação para apurar as responsabilidades pessoais. Senão aqui por falta de instituição que assuma essa responsabilidade em algum Tribunal Internacional essa responsabilidade tem que ser apurada.