“Cordé prus Dinsincantado.

Lei ô sô, juiz, tudo junto
Um só di eu vale tudo
Inté mato de novo defunto e mermo o
“Z” do meu nome é mudo.

Zurro, como qualquer asno
Vixe! Se vejo um tapete
E de verde o bicho é pintado
Inclino pro alto a cabeça
Tentando ficar aprumado
E ói que sô cabra da peste
Relô nimim tá lascado!

Tome tento e num me enfrente!
Use o miolo e num discuta!
Abaixe a crista!

Olhe pra baixo!
Me respeite, seu fela da puta!
Igual rapariga eu lhe trato
Se me oiá feio eu lhe apronto
Se contá pros ôtro eu lhe parto!
Ainda lhe amostro de tonto
O mió, apois, é vosmicê ficá sussegado.

Morro de ri e é frôxo!
Arre, que povo tapado!
Tão craro é quem ô sô, mas
Onde se viu onde eu tô
Um mais-que-deus contestado?

Pra chegar no cume custô
Aprender num foi nada fácil
Tenho pai porreta e poderoso
Retado coroné abastado
Irmão, um é dotô genro$o
Compensa bem quem é meu gado
Irmão outro é famoso
A pena é qui é mei abestado.

Assim com o cume seguro
Com um zé-mané do meu lado
Içado pelo pescoço
O homi é fantoche e coitado
Lava as lambança que eu fiz
Inda que leve no rabo”