Sexta Feira passada, dia 26, estava na festa do 116º aniversário do Flamengo, ocasião em que a Presidenta Patricia Amorim entregou às atletas de natação na especialidade nado sincronizado os diplomas de laureadas, assim como a outras personalidades que prestaram relevantes serviços ao Clube. Chamava a atenção a beleza e juventude das atletas dessa categoria. Em dado momento foi dada a palavra a um Chefe de Poder Fluminense, que se fazia presente pela primeira vez no Clube de Regatas do Flamengo. Honrados com essa presença a personalidade foi chamada à Mesa e instado a manifestar-se, esperava-se que saudasse o Clube e seus associados na condição de grande mandatário de um dos poderes do Estado. A autoridade, autodenominando-se o “Breve” assim discursou: “Sempre fui torcedor do futebol do Flamengo, mas a partir de hoje vou torcer pelo nado sincronizado”. E encerrou sua decepcionante participação na solenidade. Evidente que a beleza das atletas chamou a atenção de todos. Mas espera-se muito mais de uma autoridade com a representatividade de um Presidente de Poder do que uma manifestação eminentemente machista e sem qualquer conteúdo. Mas isso é resultado de um sistema de eleições denominado GERONTOCRACIA, que sem qualquer juízo crítico ou discriminatório contra os idosos privilegia a escolha dentre os cinco mais antigos de um colégio eleitoral. Esse sistema anacrônico impõe a escolha dentre os cinco mais antigos, que muitas vezes pode não ser os cinco mais competentes administrativamente e mais preparados intelectualmente, deixando essa escolha de ser um exercício democrático para se transformar em uma homologação adesiva.