Esclarecimentos aos Amigos e Amigas.

Amanhã o Jornal O Globo lança mais uma vez suspeitas sobre a minha honorabilidade fazendo eco a uma velha e conhecida perseguição que vem desde os tempos em que, quando Juiz da Infância e da Juventude, ousei impedir que continuassem maltratando uma criança na novela Laços de Família, fazendo prevalecer os direitos da criança e do adolescente. Modulei meu pensamento jurídico acreditando que a prisão deve ser uma exceção e não uma prática punitivista como regra. A lei determina que antes de prender os juízes devem estar atentos às medidas cautelares que antecedem a decisão de mandar para o cárcere que só se justifica em última instância e devidamente fundamentada. Desse modo tenho motivado minhas decisões em todas as ocasiões desde quando fui juiz dos adolescentes em conflito com a lei. Essa prática traz desconfortos aos que assim não pensam e não praticam, inclusive entre meus pares, que tanto quanto respeito suas decisões, precisam respeitar o pensamento contrário fundamentado na lei. Fui informado que, desrespeitando o sigilo processual, requentarão notícias velhas que são objeto de Processo Administrativo no CNJ, já devidamente respondidos através de meu advogado. As notícias dizem respeito às minhas decisões judiciais proferidas com fundamentação na Constituição e nas leis e que podem ser objeto dos recursos previstos em lei. Os fatos segundo fui informado estão devidamente esclarecidos não só no processo administrativo do CNJ, como em procedimento determinado pelo Presidente do Tribunal de Justiça e, para dar total transparência, em meu blog www.blogdosirodarlan.com. Lamentavelmente, foi instituído em nosso país a prática da “delação” que serve para tudo, sobretudo para perseguir os indesejáveis, e essa prática tem servido para buscar “justiciamentos públicos” colocando como verdadeiras afirmações falsas na voz de bandidos que buscam reduzir suas penas com palavras sem qualquer conteúdo probatório. No caso em comento já acionei judicialmente os pseudo beneficiários das decisões que negaram qualquer contato ou pedido de propinas. No mais o principal interessado na apuração dos fatos sou eu que tenho mais uma vez meu nome jogado na lama por matérias jornalísticas que afrontam o próprio Código de éticas das empresas jornalísticas. Informo ainda que tenho um processo de indenização por danos morais contra essa empresa jornalística por esses mesmos motivos, assaques contra a minha honra, paralisado no STJ desde 2004 e aguardo a confirmação da sentença condenatória serenamente. Nenhuma pessoa está autorizada a falar em meu nome. O objetivo de me calar e fazer mudar minha prática garantista não será alcançado dessa forma. Manter-me-ei fiel ao meu compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição e as leis de meu país com coragem e honestidade.