A “era Luiz Zveiter” no Tribunal Regional Eleitoral está prestes a chegar ao fim e ele não está saindo pela porta da frente, mas, pela porta dos fundos.

Para vocês entenderem, o Tribunal Eleitoral tem uma composição mista, com 4 membros do Tribunal de Justiça do Rio, 2 desembargadores e 2 juízes, 1 desembargador do Tribunal Regional Federal e 2 advogados.

Ontem, foi um dia emblemático no período em que o desembargador, atual presidente do TRE/RJ, reinou soberano.

Simplesmente, depois de retirar a sua própria candidatura para ser reconduzido ao TRE/RJ, TODOS os candidatos apoiados por ele foram derrotados, uma verdadeira amostra de que os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio não estão dispostos a entregar a Luiz Zveiter, uma espécie de carta branca, como ele queria, para continuar fabricando aberrações jurídicas, altamente criticadas pelos Tribunais Superiores nessas eleições, uma verdadeira resposta do judiciário.

O desembargador Ademir Pimentel, muito querido pelos seus colegas, perdeu a eleição para o desembargador Bernardo Garcez, exclusivamente porque Luiz Zveiter resolveu apoiá-lo.

O atual corregedor do TRE, Juiz Antônio Gaspar, mais conhecido como “Guto”, era o candidato do Zveiter e perdeu a eleição para o juiz Alexandre Mesquita.

A última derrota foi imposta a Zveiter e a Letícia Sardas, atual vice-presidente do TRE/RJ, quando o nome da sua filha não foi incluído na lista dos que concorrem à vaga de desembargador pelo Quinto do Ministério Público.

O Tribunal de Justiça do Rio resolveu fazer uma limpeza no Tribunal Regional Eleitoral, dando uma resposta aos desmandos de Luiz Zveiter no comando da Corte. Agora, a desembargadora Letícia Sardas corre o sério risco de ser presidente do TRE/RJ por apenas 8 meses, porque, ao que tudo indica perderá a eleição caso tente ser reconduzida e quem assumirá o comando será o desembargador Bernardo Garcez.

Isso se o CNJ não anular a eleição extemporânea realizada antes do TJRJ ter indicado o desembargador que concorreria com ela. Vem chumbo grosso. Ainda bem que vivemos numa democracia participativa e sou juiz num Tribunal em vias de se democratizar. Eleições diretas já.