As crianças que haviam sido retiradas da guarda de seus pais afetivos Cícero e Eliete , que há quase trinta anos mantém sem qualquer ajuda do pode público mais de 40 crianças e adolescentes foram reintegradas aos seus pais por decisão do desembargador de plantão Eduardo Gusmão Alves de Brito Neto. As crianças haviam sido retiradas de seu lar por decisão do Juizado da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso a requerimento do Ministério Público, sem qualquer preparo prévio por motivos que foram desconsiderados pelo Desembargador, eis que acidentes acontecem em qualquer família de pequeno porte, quanto mais em família que sustenta, cria, educa e ama mais de 40 crianças sem lar. É óbvio que a Fazenbda Santa Clara não se enquadra no perfil de entidade de acolhimento nos termos da nova Lei de Adoção e sim como uma Grande Família onde os membros são unidos por laços de afeto, o que nos termos do artigo 226 da Constuituição Federal é necessário para constituir um núcleo familiar. Desde os tempos do Pequeno Príncipe que “agente se torna responsável por aquilo que cativa” e, assim Cícero e Eliete são verdadeiramente os pais de fato dessas crianças que os ama e respeita. Retirar as crianças desses pais, que segundo o desembargador destacou em seu despacho, não cometeram qualquer forma de violência física , sexual ou moral, ao contrário, são pais presentes, dedicados a amorosos, que não dão conta das necessidades materias de tantas crianças porque não são socorridas, nem ajudadas pelo poder público.Melhor desisão deu o desembargador concedendo prazo para que a possíveis irregularidades fôssem sanadas. E para tanto urge que sejam cobradas providências urgentes do poder público para dar melhor qualidade de vida a essas crianças, já que pais eles têm: Cícero e Eliete.

Vida longa para a Fazenda Santa Clara, já que fazer o bem é muito difícil, mas necessário.